…noite agradável…mágica até…

Cenário: Eu e o meu F. sentados no sofá a ver ténis (ele a ver e eu a aturar).

Acto 1: Penso encarecidamente em ir para a cama. Passei mal a noite anterior, estou extremamente cansada e o programa de televisão não é propriamente “iupiiii”, certo?

Acto 2: Vou-me deitar. Levanto-me do sofá, dirijo-me para o quarto, mas paro na cozinha e decido beber um copo de leite e volto para a sala para o beber. Nisto, percebo que o computador está ligado e entretenho-me a ver uma formação interessante que me mandaram para o mail.

Acto 3: Toca a campainha. O relógio marca as 21h55. É engano, não esperamos ninguém a esta hora num dia de semana, pois não? F: Está bem, se tocarem outra vez eu vou lá ver. A campainha tocou uma segunda vez e o F. olhou para o telemóvel: Não é a minha mãe, senão tinha-me dito que vinha. Eu: Esquece eu vou ver.

Acto 4: Abro a porta e vejo o que diria ser um sonho, mas lembrei-me que não cheguei a deitar-me. Saio de casa a correr para lhe abrir a porta do prédio, descalça e com uma camisola de dormir e abraço-o com imensa força para ter a certeza de que ele não se ia embora. Depois da alegria, largo-o e percebo que não vem ninguém atrás.

Acto 5: Esqueci-me da carteira no carro. Eu: Ok, ok, vai lá buscar, eu vou entrando, que estou descalça. Nisto chega a carteira, a inesperada carteira, que eu abracei ainda com mais força que o abraço anterior. O nome? Chama-se saudade, muitas saudades e só nos apercebemos disso quando recebemos este abraço.

Este foi o meu final de dia maravilhoso. Entre a luta de ir ou não dormir, recebi uma surpresa, uma fantástica surpresa, de duas alminhas caridosas que chegaram hoje da África do Sul e não disseram nada a ninguém.

Como eu tinha saudades vossas!