[Imagem giraça que o blogger não deixou colocar]
Confesso que não tenho grande pachorra para lamentações. Há pessoas que se as encontrarmos na rua por acaso e lhes dissermos: Olá, Então, tudo bem? Isto é suficiente para a pessoa ficar 30 minutos a relatar a desgraça que é a sua vida (e que espremidinho não é assim tão desgraçada, mas pronto).
Claro que toda a gente precisa de desabafar e as pessoas são livres de dizerem o que querem, mas como tudo na vida: o que é demais, farta!
MAS, acho que ainda tenho menos pachorra para as que passam a vida a falar mal de tudo o que existe em Portugal e a pôr todos os outros países numa redoma de vidro!
Eis o exemplo:
Duas mulheres chegaram à paragem do autocarro e esperaram entre 5 a 10 minutos pelo autocarro (numa hora morta do dia, em que há menos autocarros). Entram para o autocarro e começam a conversa.
Senhora A – Credo, estes autocarros, meu Deus, fazem cá um barulho. (o autocarro até era bastante bom, daqueles com música, ar condicionado, com bancos confortáveis e muito espaço para as pessoas irem de pé. Ah e não fazia barulho nenhum!).
Senhora B – É. Em França é que os autocarros são como deve ser!
Senhora A – E não se espera por autocarros! Em França há autocarros de 2 em 2 minutos, seja a que horas for!
Entretanto, e felizmente, eu saí na paragem seguinte e não pude continuar a ouvir esta maravilha!
Mas pergunto eu:
1ª pergunta: Por que raio é que haveríamos de ter autocarros de 2 em 2 minutos a toda a hora? para levar uma pessoa de cada vez? Então nesse caso minhas queridas, temos menos autocarros, mas também somos mais ecológicos. Já que, na minha opinião, esse sistema, a ser verdade, é um total disparate e desperdício de recursos do país.
2ª pergunta: Já pensarem em dizer alguma coisa de positivo sobre o país? Ou neste caso, sobre os autocarros do país? Ou mais especificamente sobre AQUELE autocarro que era bem confortável?
3ª pergunta: De quê que estão à espera? Se França é tão espectacular, se Portugal não vale um tostão furado, se todos os países são melhores que o nosso, estão à espera de quê? Porta da rua serventia da casa, minhas queridas. E com isto, resta-me dizer: bon voyage!
(Último desabafo: irrita-me! oh se me irrita! Nós já não estamos bem, se tivermos os portugueses sempre a dizer mal de nós próprios, então é que não vamos a lado nenhum! Se não gostarmos de nós, quem gostará, certo?)